Defendemos a liberdade, mas vivemos em amarras
Pregamos a luz, mas andamos na escuridão
Sonhamos com o amor, mas acordamos na discórdia
Ensinamos a bondade, mas respiramos ganância
Estudamos “Princípios”, mas vivemos em precipícios
Plantamos flores, mas dentro do coração só temores
Geramos filhos, mas separamos família dizendo ser em nome do amor
Dobramos o joelho, mas o orgulho continua ereto
Matamos a fome de alguns, mas acolhemos nenhuns
Rogamos ao Céu, mas disputamos entrada no inferno
Plantamos árvores, mas derrubamos homens
Lavamos o corpo de perfume, mas manchamos a alma de lama
Estudamos para ser alguém, mas não temos tempo pra ninguém
Celebramos a vida, mas matamos no ventre dizendo ser em defesa dessa vida
Espalhamos palavras, mas a língua continua afiada
Plantamos discórdia, mas queremos uma colheita de amor
Acreditamos em Deus, mas para ele sempre dizemos adeus.
Vivemos para morrer, mas esquecemos que morremos para viver
E assim... Caminha a humanidade.
Publicada originalmente em julho/2011