15 de abril de 2011

Pai


 
Quando nasci ele me pegou no colo
Contou pra todos seus amigos que eu tinha chego
Brincava tanto comigo que me confundia com o seu brinquedo
Sorria e rolava no tapete
Depois de alguns meses já me levava para passear de carro
Não sabia quem sorria mais se era eu ou ele

Com suas mãos sujas do trabalho me acariciava, eu nem ligava
Estava tão feliz que suas mãos de graxa era apenas um detalhe
Depois de mais um tempo
Já estávamos correndo atrás da bola
Gritava pelo meu nome pra todos escutarem
Eu caía ele sorria eu levantava ele admirava

Após mais um tempinho já estávamos sentados na escada
Falando de coisas de adolescente
Eu contava meus segredos e ele contava os dele
Na sua caminhonete eu já andava em cima e de pé
Só pro vento bater na minha face
Que felicidade, me sentia livre de verdade

Depois de mais um tempo, me casei, ele estava lá
Não me contive quando o vi naquele banco
Sei que as lágrimas também corriam sobre seu rosto
Depois já pegava o seu neto no colo e fazia tudo o mesmo
Como era o meu Pai, como ele era comigo
Quantos momentos especiais desfrutamos juntos

Esse era o meu Pai
Quanto amei meu Pai
Obrigado “Pai” por meu Pai
Obrigado por estes momentos de felicidade
Assim amei meu Pai
Assim guardei o amor do meu Pai
Assim amo meu Pai
Amar vale à pena

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